O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, expressou sua indignação com os cartazes do partido Chega que o associam à corrupção e ao ex-primeiro-ministro José Sócrates. Em uma declaração à imprensa, Costa classificou a ação como “vergonhosa” e reiterou seu compromisso com a transparência e a luta contra a corrupção.
Os cartazes em questão foram colocados pelo partido Chega, liderado por André Ventura, em várias cidades portuguesas. Eles apresentam uma foto do primeiro-ministro com a legenda “corrupção” e uma imagem de José Sócrates com a legenda “amigo”. Ventura, por sua vez, defendeu a ação, afirmando que ela é uma forma legítima de expressão política e que não vai retirar os outdoors.
No entanto, Costa não concorda com essa visão. Ele acredita que a utilização de sua imagem de forma pejorativa e associada à corrupção é uma tentativa de desacreditar seu governo e sua gestão. O primeiro-ministro também destacou que a luta contra a corrupção é uma das prioridades de seu governo e que não há espaço para tolerância com esse tipo de prática.
Além disso, Costa afirmou que a ação do Chega é uma clara tentativa de desviar o foco da opinião pública dos verdadeiros problemas do país. Ele ressaltou que, apesar dos desafios enfrentados, Portugal tem apresentado resultados positivos em diversas áreas, como a economia e a educação. E que é importante manter o foco nessas conquistas e não se deixar distrair por manobras políticas.
O primeiro-ministro também fez questão de destacar que a liberdade de expressão é um pilar fundamental da democracia, mas que ela não pode ser usada como desculpa para disseminar mentiras e difamar pessoas. Ele enfatizou que a liberdade de expressão deve ser exercida com responsabilidade e respeito aos valores democráticos.
Por sua vez, André Ventura respondeu às críticas de Costa, acusando-o de não saber conviver com a liberdade de expressão. Ele afirmou que a ação do Chega é uma forma de protesto contra o governo e que não vai recuar diante das pressões.
No entanto, muitas vozes se levantaram contra a atitude do partido Chega. O líder do PSD, Luís Montenegro, condenou a ação e afirmou que ela é uma forma de desrespeito à democracia e às instituições. Ele também destacou que a luta contra a corrupção é uma responsabilidade de todos e que não deve ser utilizada como arma política.
A Ordem dos Advogados de Portugal também se manifestou, afirmando que a utilização da imagem do primeiro-ministro de forma pejorativa é uma violação dos direitos fundamentais e que pode configurar um crime de difamação. A Ordem também destacou que a liberdade de expressão não é absoluta e que deve ser exercida dentro dos limites legais.
Diante de toda a polêmica, o primeiro-ministro António Costa recebeu o apoio de diversos setores da sociedade. A Associação Sindical dos Juízes Portugueses, por exemplo, emitiu uma nota de repúdio à ação do Chega e destacou a importância de se respeitar as instituições e a democracia.
Em resumo, a polêmica gerada pelos cartazes do Chega evidencia a importância de se exercer a liberdade de expressão com responsabilidade e respeito. A luta contra a corrupção é uma responsabilidade de todos e deve ser realizada de forma ética e dentro dos limites legais. O primeiro-ministro António Costa reafirmou seu compromisso com a transparência e a ética na gestão pública e não se deixará abalar por