Após as eleições legislativas de 2019 em Portugal, o cenário político no país sofreu algumas mudanças significativas. Uma das principais notícias que circulou foi a saída do Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) do parlamento, perdendo assim a sua deputada. Além disso, o Bloco de Esquerda (BE) e a Coligação Democrática Unitária (CDU) também não conseguiram regressar ao parlamento. No entanto, é importante ressaltar que essas mudanças não são definitivas e não devem ser encaradas como um fracasso. Pelo contrário, são oportunidades para os partidos se reinventarem e mostrarem um trabalho ainda melhor.
O PAN, com sua agenda ambiental e dedicada à proteção dos animais, foi um partido que ganhou cada vez mais visibilidade nos últimos anos. Em 2015, conseguiu eleger pela primeira vez um deputado, André Silva, que se tornou uma voz ativa no parlamento. No entanto, nas eleições deste ano, o partido não conseguiu manter o mesmo desempenho e acabou perdendo a sua representação. Mas isso não significa um fracasso ou um retrocesso para o PAN. Pelo contrário, é uma oportunidade para o partido repensar suas estratégias e encontrar novas formas de se conectar com os eleitores.
O PAN sempre teve uma posição firme em relação às questões ambientais e dos direitos dos animais, e isso é algo que deve ser valorizado. São causas que estão se tornando cada vez mais urgentes e é importante ter representantes políticos que as defendam. No entanto, para garantir uma presença mais forte no parlamento, o partido precisa também se posicionar em outros temas relevantes para a população. É preciso conquistar a confiança de um número maior de eleitores, mostrando um posicionamento consistente em diversas áreas, além de uma atuação mais efetiva em nível municipal e regional.
Já o BE e a CDU, apesar de já terem tido representação no parlamento, também não conseguiram garantir seus assentos desta vez. Isso pode ser visto como um sinal de alerta, mas também como uma oportunidade de crescimento. O BE tem sido um dos principais partidos de oposição ao governo nos últimos anos, com uma postura clara e firme em relação às políticas sociais e econômicas. No entanto, isso pode não ser suficiente para garantir uma presença no parlamento. É necessário expandir os horizontes e conquistar novas camadas da população, mostrando uma visão mais abrangente e uma atuação mais efetiva em esferas locais e regionais.
Já a CDU, coligação entre o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”, tem um histórico de apoio aos trabalhadores, defesa dos direitos sociais e preocupação com o meio ambiente. No entanto, não tem conseguido acompanhar o ritmo de mudança e renovação dos outros partidos e perdeu sua representação no parlamento. No entanto, a CDU pode aproveitar essa oportunidade para se reinventar e apostar em uma atuação mais presente e ativa na sociedade, ampliando sua base de apoio.
É importante lembrar que essas mudanças não são exclusivas de Portugal. Em muitos países europeus, as forças políticas tradicionais têm enfrentado grandes desafios e têm perdido espaço para movimentos mais recentes e alternativos. As mudanças tecnológicas e sociais têm proporcionado uma maior liberdade de expressão e participação política, o que tem levado à descentralização do poder e à diversificação das opções políticas. Portanto, é natural que os partidos tradicionais enfrentem dificuldades em manter seu domínio.
No entanto, é importante ressaltar que essa sit