O Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos divulgou na última quinta-feira uma lista de jurisdições que foram designadas como “santuários” pelo governo Trump. Essas jurisdições incluem cidades, condados e estados que, segundo o governo, estão obstruindo a aplicação das leis de imigração e, por isso, serão penalizadas.
Essa lista foi divulgada após uma ordem executiva assinada pelo presidente Trump em janeiro de 2017, que buscava reforçar a aplicação das leis de imigração e combater a imigração ilegal nos Estados Unidos. Desde então, o governo tem pressionado as jurisdições consideradas “santuários” a cooperarem com as autoridades federais de imigração.
Mas afinal, o que são esses “santuários” e por que eles estão sendo alvo do governo Trump?
Os “santuários” são cidades, condados e estados que possuem políticas de imigração mais flexíveis e que, em geral, se recusam a cumprir as ordens de detenção emitidas pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE, na sigla em inglês). Essas políticas são adotadas com o objetivo de proteger os imigrantes, especialmente aqueles que estão em situação irregular, e garantir que eles não sejam deportados.
No entanto, o governo Trump alega que essas políticas estão obstruindo a aplicação das leis de imigração e colocando em risco a segurança nacional. Segundo o Departamento de Segurança Nacional, as jurisdições “santuárias” estão criando um ambiente de impunidade para os imigrantes ilegais, o que pode atrair criminosos e terroristas para o país.
A lista divulgada pelo governo inclui 118 jurisdições, sendo a maioria delas localizadas na Califórnia, Nova York e Illinois. Entre as cidades, destacam-se Los Angeles, Nova York, Chicago e San Francisco. Já entre os estados, estão Califórnia, Connecticut e Nova Jersey.
A reação das jurisdições designadas como “santuários” foi imediata. Muitas delas criticaram a lista e afirmaram que não irão mudar suas políticas de imigração. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que a cidade continuará sendo um lugar acolhedor para imigrantes e que não irá cooperar com as políticas de imigração do governo Trump.
Além disso, várias organizações de defesa dos direitos dos imigrantes também se manifestaram contra a lista divulgada pelo governo. Para elas, a medida é uma forma de intimidação e discriminação contra as comunidades imigrantes.
No entanto, o governo Trump defende que a lista é uma forma de responsabilizar as jurisdições que estão se recusando a cumprir as leis de imigração. Segundo o secretário de Segurança Interna, Chad Wolf, a lista é uma ferramenta importante para garantir a segurança do país e proteger os cidadãos americanos.
É importante ressaltar que a lista divulgada pelo governo não tem efeito imediato e não implica em nenhuma sanção ou punição para as jurisdições “santuárias”. No entanto, o governo pode reter fundos federais destinados a essas jurisdições ou tomar outras medidas para forçá-las a cooperar com as autoridades de imigração.
Apesar da controvérsia em torno da lista de “santuários”, é preciso lembrar que a imigração é um tema complexo e que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É necessário encontrar um equilíbrio entre a aplicação das leis de imigração e a proteção dos direitos dos imigrantes.
Além disso, é importante destacar