No dia 28 de abril de 2021, um apagão histórico atingiu grande parte do território europeu, afetando especialmente Portugal e Espanha. Mais de 15 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica durante horas, causando transtornos e prejuízos em diversos setores. Este evento veio a evidenciar a necessidade de reforçar a resiliência do sistema elétrico ibérico, o que tem sido defendido pelo presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), Dr. Jorge Seguro Sanches.
O apagão ocorreu devido à uma falha no abastecimento de eletricidade proveniente de França, causada por um incidente na rede elétrica europeia. A interligação de Portugal e Espanha com o resto da Europa, através da interconexão de energia, ficou comprometida, afetando diretamente o fornecimento de energia nestes países. Como consequência, milhares de cidadãos ficaram sem luz, sem acesso à internet, comércio e serviços foram paralisados e até mesmo o abastecimento de água ficou comprometido.
Em entrevista à RTP, o presidente da ERSE afirmou que este evento “demonstrou a vulnerabilidade do sistema elétrico ibérico” e que é necessário “intensificar os esforços para reforçar a resiliência do sistema”. Segundo ele, a entidade tem trabalhado em conjunto com a E-REDES e a REN (empresas gestoras da rede de distribuição e transporte de energia elétrica em Portugal) para avaliar as causas e consequências do apagão e, a partir desse diagnóstico, tomar medidas concretas para prevenir e mitigar possíveis falhas em larga escala no futuro.
Uma das medidas defendidas pelo Dr. Jorge Seguro Sanches é o aumento do armazenamento de energia, por meio de baterias e outras tecnologias de armazenamento, que seriam utilizadas em caso de emergência. Através dessa estratégia, seria possível manter o fornecimento de eletricidade em momentos de instabilidade do sistema, como o apagão que ocorreu em abril. Além disso, a ERSE também tem se empenhado em incentivar a diversificação de fontes de energia renovável, diminuindo a dependência de uma única fonte de geração de eletricidade e, consequentemente, aumentando a segurança do sistema.
Outro ponto importante ressaltado pelo presidente da ERSE é a necessidade de aumentar a cooperação com os países vizinhos, especialmente com Espanha, para promover uma melhor gestão da interconexão de energia. Um evento de tamanha proporção como o apagão de abril evidenciou a importância de uma atuação conjunta e coordenada entre os países para garantir a segurança e a estabilidade do sistema elétrico.
Para além das medidas preventivas, o presidente da ERSE também enfatiza a importância de planejamento e estratégia para uma resposta rápida e eficaz em casos de falhas energéticas. É necessário estar preparado para lidar com situações de emergência e ter um plano de ação bem definido, envolvendo não apenas as empresas gestoras da rede elétrica, mas também as autoridades e outras entidades ligadas ao setor.
Outro ponto que o Dr. Jorge Seguro Sanches ressalta é a necessidade de uma maior conscientização da população sobre a importância de se economizar energia e utilizar fontes renováveis. Pequenas atitudes, como apagar as luzes ao sair de um ambiente, podem fazer uma grande diferença na estabilidade e segurança do sistema elétrico.
O apagão de abril de 2021 foi um alerta para a necessidade de reforçar a resiliência do sistema elétrico ibérico. O presidente da ERSE tem demonstrado um compromis