O Presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou hoje que irá recorrer da decisão de uma juíza de Nova Iorque que obriga o Estado argentino a ceder 51% de sua participação na empresa petrolífera YPF. Em uma coletiva de imprensa, Milei expressou sua indignação com a decisão e afirmou que irá lutar para proteger os interesses do seu país.
A juíza Loretta Preska, da Corte Distrital dos Estados Unidos, emitiu uma sentença no último dia 3 de novembro, ordenando que a Argentina entregue 51% das ações da YPF para dois fundos acionistas que processaram o país em 2012. A decisão se baseia no tratado bilateral de investimentos entre a Argentina e os Estados Unidos, que garante proteção aos investidores estrangeiros.
No entanto, Milei argumenta que a decisão é injusta e prejudicial para a economia argentina. Ele afirma que a YPF é uma empresa estratégica e vital para o desenvolvimento do país, e que a entrega de mais da metade das ações para os investidores estrangeiros seria um golpe duro para a soberania nacional.
Além disso, o presidente argentino alega que a sentença vai contra os interesses dos acionistas minoritários da YPF, já que a medida irá diminuir significativamente o valor das ações da empresa. Ele ainda ressalta que a Argentina tem o direito de recorrer da decisão e que irá lutar até as últimas consequências para reverter essa sentença.
Milei também criticou a falta de diálogo com o governo argentino antes da decisão da juíza Preska. Ele afirma que o país não foi ouvido e que a corte americana agiu de forma unilateral, sem levar em consideração os argumentos e interesses argentinos.
A decisão da juíza Preska gerou uma grande repercussão no país, com diversas personalidades políticas e econômicas se manifestando contra a sentença. O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, que governou o país entre 2015 e 2019, também expressou seu apoio à decisão de Milei de recorrer da decisão da corte americana. Ele afirmou que a medida é um retrocesso para o país e que irá afetar a economia argentina de forma negativa.
Por outro lado, a oposição ao governo argentino comemorou a decisão da juíza Preska. O deputado nacional da oposição, Waldo Wolff, afirmou que a medida é uma vitória da justiça e que o país deve cumprir com suas obrigações legais.
Enquanto a batalha legal continua, o futuro da YPF permanece incerto. A empresa é uma das maiores produtoras de petróleo da América Latina e tem um papel fundamental na economia argentina, sendo responsável por cerca de 40% da produção de petróleo do país.
A decisão da juíza Preska também gerou preocupações em relação à possibilidade de outras empresas estrangeiras acionarem o governo argentino por supostas violações de acordos bilaterais de investimento. Milei afirma que a Argentina não pode aceitar que sua soberania e economia sejam colocadas em risco por decisões unilaterais de uma corte estrangeira.
Apesar dos desafios que se apresentam, o presidente Milei reiterou seu compromisso de lutar pelos interesses do seu país e garantiu que irá tomar todas as medidas legais necessárias para reverter a decisão da juíza Preska. Ele acredita que a justiça prevalecerá e que a Argentina sairá vitoriosa nessa batalha.
Em um momento de incertezas e desafios para a economia global, é fundamental que os países protejam seus interesses e soberania. O presidente Milei está cumprindo