Os partidos políticos em Portugal têm recordado a passagem do novo governador pelo Governo de Pedro Passos Coelho durante o período da “troika” e sua defesa das políticas de austeridade. Com a recente nomeação do ex-ministro das Finanças, Mário Centeno, para o cargo de governador do Banco de Portugal, muitos têm relembrado o papel desempenhado por ele durante a crise econômica que assolou o país entre 2011 e 2015.
Durante seu mandato como ministro das Finanças, Mário Centeno foi um dos principais responsáveis pela implementação das medidas de austeridade exigidas pela “troika” – formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia – como condição para o resgate financeiro de Portugal. Essas medidas incluíam cortes nos salários dos funcionários públicos, aumento de impostos e redução de benefícios sociais.
Apesar de controversas, as políticas de austeridade foram defendidas pelo então ministro das Finanças como uma forma de equilibrar as contas públicas e garantir a estabilidade econômica do país. Em entrevistas e discursos, Centeno enfatizava a importância de cumprir as metas estabelecidas pela “troika” e argumentava que as medidas eram necessárias para garantir o futuro de Portugal.
No entanto, as políticas de austeridade foram amplamente criticadas pelos partidos de oposição e por grande parte da população portuguesa. Muitos consideravam que as medidas eram injustas e afetavam principalmente os mais vulneráveis, enquanto outros acreditavam que havia alternativas para enfrentar a crise sem sacrificar os direitos dos cidadãos.
Apesar das críticas, o governo de Pedro Passos Coelho manteve sua defesa das políticas de austeridade e conseguiu cumprir as metas estabelecidas pela “troika”. Em 2014, Portugal saiu oficialmente do programa de resgate financeiro e começou a mostrar sinais de recuperação econômica.
Com a nomeação de Mário Centeno para o cargo de governador do Banco de Portugal, os partidos de oposição têm relembrado sua atuação durante o período da “troika” e questionado se ele seria a melhor escolha para liderar a instituição responsável pela política monetária do país. No entanto, os partidos que apoiaram o governo de Passos Coelho têm defendido a nomeação de Centeno e destacado sua competência e experiência na área econômica.
Em uma entrevista recente, o atual primeiro-ministro, António Costa, afirmou que “a nomeação de Mário Centeno é um reconhecimento do seu trabalho como ministro das Finanças e da sua capacidade técnica”. Costa também ressaltou que Centeno foi fundamental para a recuperação econômica de Portugal e que sua nomeação para o Banco de Portugal é uma decisão acertada.
Além disso, alguns especialistas em economia também têm defendido a nomeação de Centeno, destacando sua formação acadêmica e sua experiência como ministro das Finanças. Eles acreditam que ele tem as habilidades necessárias para liderar o Banco de Portugal e contribuir para a estabilidade econômica do país.
Em resumo, a passagem do novo governador pelo Governo de Pedro Passos Coelho durante o período da “troika” e sua defesa das políticas de austeridade têm sido lembradas pelos partidos políticos em Portugal. Apesar das críticas, sua nomeação para o Banco de Portugal tem sido apoiada por aqueles que acreditam em sua competência e experiência na área econômica. Resta agora aguardar para ver como Mário Centeno irá conduzir sua nova função e qual será seu impacto na economia portuguesa.