O arcebispo espanhol Joan-Enric Sicília fez uma afirmação forte e importante hoje, ao dizer que os migrantes não são um problema, mas um sinal dos tempos que pede por uma resposta solidária. Em um mundo onde a questão dos migrantes tem sido alvo de debates políticos e muitas vezes tratada como um problema, suas palavras trazem um novo olhar sobre a situação e nos convidam a refletir sobre a forma como encaramos os desafios da migração.
Sicília, que é o arcebispo de Tarragona, na Espanha, enfatizou que o acolhimento aos migrantes não é uma opção política, mas sim uma exigência evangélica. Suas palavras ecoam o chamado do Papa Francisco para que sejamos uma Igreja em saída, que se preocupa com os mais vulneráveis e acolhe a todos, independentemente de sua origem.
Em um mundo cada vez mais globalizado, o movimento migratório é uma realidade presente em muitos países. Muitas pessoas deixam seus lares em busca de melhores oportunidades, fugindo de conflitos e perseguições, ou simplesmente em busca de uma vida melhor. É importante lembrar que, por trás das estatísticas, existem histórias de vidas, sonhos e esperanças que merecem ser respeitados e acolhidos.
No entanto, muitas vezes, os migrantes são tratados com desconfiança e hostilidade, sendo vistos como ameaças à segurança e estabilidade dos países receptores. Sicília nos lembra que essa visão não condiz com os valores do Evangelho, que nos ensina a acolher o estrangeiro e a amar o próximo como a nós mesmos. Ele destaca que os migrantes são um sinal dos tempos, um chamado para que sejamos mais solidários e fraternos, deixando de lado o medo e o egoísmo.
A resposta solidária aos migrantes não é uma tarefa fácil, mas é uma responsabilidade que deve ser compartilhada por todos. Governos, instituições e sociedade civil devem unir esforços para garantir uma acolhida digna e um processo de integração efetivo. Além disso, é necessário combater as causas da migração forçada, buscando soluções para os problemas que levam as pessoas a deixarem seus lares.
Na Europa, a situação dos migrantes tem sido ainda mais crítica nos últimos anos, com o aumento do fluxo de pessoas vindas principalmente da África e do Oriente Médio. O arcebispo Sicília destaca que, apesar dos desafios, o continente tem uma longa história de migrações e diversidade cultural, e que isso deve ser um motivo de orgulho e não de medo.
Ao invés de construir muros e fechar fronteiras, é hora de construirmos pontes e unirmos forças para criar um mundo mais justo e acolhedor. O acolhimento aos migrantes não é apenas uma questão de caridade, é também um ato de justiça e solidariedade. Sicília nos recorda que, como cristãos, temos o dever de sermos luz e sal na sociedade, levando esperança e amor onde houver dor e sofrimento.
Portanto, é hora de deixarmos de lado os preconceitos e os discursos de ódio, e abraçarmos a mensagem de amor e fraternidade que Jesus nos deixou. Que a declaração do arcebispo Sicília nos inspire a sermos mais humanos e mais cristãos, acolhendo e valorizando a diversidade que nos rodeia. Pois, como ele afirma, os migrantes são um sinal dos tempos e cabe a nós, com nossas atitudes, tornar esse sinal algo positivo e transformador.