O Ministério das Relações Exteriores do Brasil se pronunciou ontem, terça-feira, 18 de agosto, sobre a declaração do presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez, a respeito dos episódios de racismo contra brasileiros. A posição do governo brasileiro foi clara: repudiar veementemente o discurso racista proferido pelo dirigente máximo da entidade esportiva.
Domínguez discursou durante o sorteio dos grupos para a Copa América de 2021, afirmando que o futebol sul-americano é conhecido por “jogar bonito, jogar com paixão, com malícia, e, sim, também com algum insulto racista para o outro time ou outra torcida”. A fala do presidente da Conmebol gerou uma onda de indignação nas redes sociais e também entre os representantes do governo brasileiro.
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que “repudia veementemente as declarações do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, que versaram de forma preconceituosa e ofensiva sobre os brasileiros, fomentando estereótipos e intolerância.” Além disso, o órgão governamental ressaltou que o Brasil é um país multicultural, com uma população diversa e que repudia qualquer forma de discriminação.
Não é de hoje que o Brasil luta contra o racismo em todas as suas formas. Desde a sua colonização, o país convive com a mistura de raças e culturas. Por isso, é ainda mais importante que o governo brasileiro se manifeste diante de declarações tão infelizes como as de Domínguez, que podem reforçar estereótipos e contribuir para a disseminação do preconceito.
Não é a primeira vez que o presidente da Conmebol se envolve em polêmicas de cunho discriminatório. Em 2019, durante a final da Libertadores, ele foi flagrado em uma conversa com torcedores do River Plate fazendo declarações xenófobas contra brasileiros. O governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores, também emitiu nota de repúdio na ocasião.
É papel dos órgãos governamentais brasileiros, assim como da sociedade civil, combater e denunciar qualquer ato de racismo. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 3º, inciso IV, determina a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, além de garantir a igualdade de direitos para todos. Além disso, a Lei nº 7.716/89 prevê crimes de racismo e discriminação racial, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão.
A fala do presidente da Conmebol, mesmo que tenha sido em tom de brincadeira, é inadmissível. Não é correto encontrar justificativas ou minimizar atos de racismo. É preciso que sejam tomadas medidas efetivas para punir não só os crimes raciais, mas também aqueles que incitam ou disseminam a discriminação.
O Brasil é um país que se orgulha de sua diversidade, com um povo acolhedor e hospitaleiro. Somos um país que já produziu grandes atletas, artistas e intelectuais negros e que continua lutando contra o preconceito e a desigualdade racial. A fala do presidente da Conmebol, além de ser ofensiva, é uma tentativa de reforçar estereótipos ultrapassados que não condizem com a realidade.
Por isso, é importante que o Ministério das Relações Exteriores continue a se posicionar firmemente em casos como este. Que o governo brasileiro, através de suas ações e políticas públicas, promova a