A Nigéria é um país rico em cultura, tradições e belezas naturais, mas infelizmente, também é conhecida por um triste recorde: ser o país com o maior número de mortes maternas em 2023. De acordo com um relatório recente, a Nigéria lidera a lista de países com o maior número de mortes maternas, seguida por países como a Índia, o Paquistão e a República Democrática do Congo. Além disso, a Guiné-Bissau também está entre as nações com a taxa mais elevada de mortes maternas.
Esses dados são alarmantes e nos fazem refletir sobre a situação das mulheres nigerianas e guineenses. A maternidade é um momento de grande alegria e expectativa, mas para muitas mulheres nesses países, ela pode se tornar uma tragédia. A morte materna é definida como a morte de uma mulher durante a gravidez, parto ou até 42 dias após o parto, devido a complicações relacionadas à gestação. E, infelizmente, essas mortes são evitáveis.
Existem diversos fatores que contribuem para esse triste cenário. Um dos principais é a falta de acesso a cuidados de saúde adequados. Muitas mulheres nigerianas e guineenses vivem em áreas rurais e remotas, onde os serviços de saúde são escassos ou inexistentes. Além disso, a pobreza e a falta de infraestrutura também dificultam o acesso a serviços de saúde de qualidade. Isso significa que muitas mulheres não recebem o acompanhamento médico necessário durante a gravidez e o parto, aumentando o risco de complicações e morte.
Outro fator importante é a falta de educação e informação sobre saúde materna. Muitas mulheres nesses países não têm acesso a informações sobre cuidados pré-natais, planejamento familiar e até mesmo sobre os sinais de complicações durante a gravidez e o parto. Isso faz com que muitas mulheres não busquem ajuda médica quando necessário, o que pode levar a consequências graves.
Além disso, a desigualdade de gênero também é um fator que contribui para as altas taxas de mortes maternas. Em muitas comunidades nigerianas e guineenses, as mulheres não têm voz ativa nas decisões relacionadas à sua saúde e à saúde de seus filhos. Isso significa que muitas vezes elas não têm o poder de decidir quando e como buscar cuidados médicos, o que pode ser fatal em casos de complicações durante a gravidez e o parto.
No entanto, apesar desses desafios, é importante destacar que a Nigéria e a Guiné-Bissau estão trabalhando para reduzir as taxas de mortes maternas. O governo nigeriano, por exemplo, lançou um programa de saúde materna que visa melhorar o acesso a cuidados de saúde para mulheres grávidas e recém-nascidos. Além disso, a Guiné-Bissau está investindo em programas de educação e conscientização sobre saúde materna, a fim de capacitar as mulheres e garantir que elas tenham acesso às informações necessárias para cuidar de si mesmas e de seus filhos.
Além disso, organizações internacionais e ONGs também estão trabalhando em parceria com os governos desses países para melhorar a saúde materna. Essas iniciativas incluem a construção de centros de saúde em áreas rurais, a capacitação de profissionais de saúde e a distribuição de kits de saúde para mulheres grávidas.
É importante ressaltar que a redução das mortes maternas não é apenas uma questão de saúde, mas também de direitos humanos. Todas as mulheres têm o direito de ter uma gravidez