Carlo Maria Viganò foi um dos mais proeminentes e controversos críticos do Papa Francisco. Nascido em 1941, na Itália, Viganò ingressou no serviço diplomático do Vaticano em 1973 e ocupou cargos importantes em países como Nigéria, Reino Unido e Estados Unidos. Em 2009, foi nomeado Secretário-Geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, cargo que ocupou até 2011, quando foi nomeado Núncio Apostólico nos Estados Unidos.
No entanto, foi em 2018 que Viganò ganhou notoriedade mundial ao publicar uma carta aberta acusando o Papa Francisco de encobrir os abusos sexuais cometidos pelo ex-cardeal Theodore McCarrick. Na carta, Viganò alegou que havia informado o Papa Bento XVI sobre as acusações contra McCarrick em 2006, mas que nada foi feito. Ele também afirmou que o Papa Francisco sabia das acusações desde 2013, mas mesmo assim permitiu que McCarrick continuasse em atividade.
As acusações de Viganò causaram um grande impacto na Igreja Católica e geraram uma série de debates e controvérsias. Enquanto alguns o apoiavam e o consideravam um corajoso denunciante, outros o criticavam por suas alegações infundadas e por tentar desestabilizar o pontificado de Francisco.
No entanto, independentemente das opiniões divergentes, é inegável que Viganò foi um dos mais duros críticos de Francisco. Suas acusações não se limitaram apenas ao caso de McCarrick, mas também abordaram questões como a reforma da Cúria Romana e a abordagem do Papa em relação à homossexualidade e ao celibato clerical.
Em suas declarações, Viganò sempre se mostrou firme e determinado em suas convicções, mesmo diante de críticas e ataques. Ele defendeu que sua missão era a de defender a verdade e a integridade da Igreja, mesmo que isso significasse ir contra a hierarquia e o próprio Papa.
No entanto, apesar de suas críticas, Viganò sempre deixou claro que não tinha intenção de dividir a Igreja ou de atacar o Papa pessoalmente. Ele afirmou que suas ações eram motivadas pelo amor à Igreja e ao Papa, e que seu objetivo era ajudar a limpar a corrupção e os abusos que manchavam a instituição.
Além disso, Viganò também foi um defensor fervoroso da tradição católica e da doutrina da Igreja. Ele se opôs a mudanças propostas pelo Papa Francisco, como a possibilidade de permitir a comunhão para divorciados que se casaram novamente e a abertura para a ordenação de homens casados. Para Viganò, essas mudanças eram uma ameaça à fé e à moral católicas.
Apesar de suas críticas, Viganò sempre manteve sua fé e sua devoção à Igreja. Ele continuou a servir como Núncio Apostólico até 2016, quando se aposentou aos 75 anos, como é de praxe na Igreja Católica. Desde então, ele tem se mantido ativo em suas declarações e posicionamentos, sempre defendendo a verdade e a integridade da Igreja.
Independentemente de concordarmos ou não com as ações e declarações de Carlo Maria Viganò, é inegável que ele foi um personagem importante e influente na história recente da Igreja Católica. Suas críticas e denúncias trouxeram à tona questões importantes e necessárias de serem discutidas e enfrentadas pela instituição.
No entanto, é importante lembrar