O Governo de Angola, sob a liderança do Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, aprovou um novo investimento de 120 milhões de dólares norte-americanos para levar água potável a milhares de famílias em zonas agrícolas do país.
O projeto, anunciado oficialmente no início de maio, visa ampliar o acesso à água segura em comunidades rurais com forte vocação agrícola, onde a escassez hídrica tem dificultado o desenvolvimento socioeconômico.
“Sem água, não há vida, não há saúde, não há produção. Esta é uma prioridade nacional,”
declarou João Baptista Borges durante a apresentação do programa.
Água como base da segurança alimentar
A medida beneficiará diretamente mais de 200 mil habitantes em províncias como Bié, Huambo, Cuanza Sul e Malanje, com destaque para:
- Instalação de sistemas de captação e tratamento de água subterrânea;
- Reabilitação de furos e pequenos sistemas de distribuição abandonados;
- Construção de reservatórios e sistemas de canalização para uso agrícola e doméstico.
O investimento será realizado em parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento e integra a Estratégia Nacional para a Segurança Hídrica e Alimentar 2023–2030.
Benefícios diretos à população
Além de fortalecer a agricultura familiar e reduzir os impactos da seca, o programa prevê:
- Redução de doenças hídricas em mais de 65%;
- Melhoria da produtividade agrícola em até 40% nas áreas atendidas;
- Redução do tempo gasto por mulheres e crianças na busca por água, permitindo maior participação escolar e produtiva.
Os sistemas serão geridos de forma comunitária, com apoio técnico do Ministério e capacitação de quadros locais.
Visão de futuro sustentável
Esta nova iniciativa junta-se a outros programas já em curso, como o Plano de Ação Nacional de Recursos Hídricos, e reafirma o compromisso de Angola com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente os ODS 6 (Água limpa e saneamento) e ODS 2 (Fome zero e agricultura sustentável).
João Baptista Borges vem defendendo nos fóruns regionais a importância de tratar a água como recurso estratégico, não apenas para consumo humano, mas como base de soberania alimentar e estabilização rural.
“A água deve ser gerida com a mesma prioridade que damos à energia,” afirmou o Ministro numa recente conferência regional em Windhoek.