O apagão que ocorreu no dia 28 de abril de 2021, afetando cerca de 1 milhão de consumidores em Portugal e Espanha, trouxe à tona a necessidade de reforçar a resiliência do sistema elétrico ibérico. Diante desse cenário, o presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), João Bernardo, defende que medidas concretas devem ser tomadas para prevenir, mitigar e responder a falhas em larga escala.
A ERSE é o órgão responsável por regular e fiscalizar os setores de eletricidade, gás natural e gás de petróleo liquefeito em Portugal. Com a missão de garantir a qualidade e segurança dos serviços energéticos, a entidade tem um papel fundamental na gestão e monitoramento do sistema elétrico do país.
Segundo João Bernardo, o apagão do dia 28 de abril foi um alerta para a necessidade de investimentos em infraestrutura e tecnologia, a fim de tornar o sistema elétrico mais robusto e resistente a falhas. O presidente da ERSE destaca que, apesar de ter sido um evento isolado, é preciso estar preparado para situações semelhantes no futuro.
Uma das medidas propostas por João Bernardo é a diversificação das fontes de energia. Atualmente, Portugal e Espanha são muito dependentes da energia hidroelétrica, o que torna o sistema vulnerável a variações climáticas. O presidente da ERSE defende a diversificação com a utilização de outras fontes, como a energia solar e eólica, que são mais estáveis e menos suscetíveis a falhas.
Além disso, João Bernardo enfatiza a importância de investimentos em tecnologia e digitalização do sistema elétrico. Com a implementação de sistemas inteligentes de monitoramento e controle, é possível identificar e resolver problemas de forma mais rápida e eficiente, minimizando os impactos de eventuais falhas.
Outra medida defendida pelo presidente da ERSE é a criação de planos de contingência para situações de emergência. Esses planos devem incluir ações de prevenção, como a realização de manutenções periódicas e ações de mitigação, como a possibilidade de transferência de energia entre países, caso uma das redes falhe.
Além disso, João Bernardo ressalta a importância da colaboração entre Portugal e Espanha na gestão do sistema elétrico ibérico. Através do MIBEL (Mercado Ibérico de Eletricidade), os dois países já possuem uma interligação energética, o que permite a troca de energia em momentos de necessidade. No entanto, o presidente da ERSE defende que essa colaboração deve ser ainda mais fortalecida, com a criação de mecanismos de cooperação e compartilhamento de informações.
É importante destacar que a ERSE já vem trabalhando em conjunto com outras entidades e empresas do setor para aprimorar a resiliência do sistema elétrico. No entanto, o apagão de abril evidenciou que ainda há muito a ser feito. Por isso, o presidente da entidade reforça a importância de se agir de forma proativa, em vez de apenas reagir a falhas quando elas ocorrem.
Em resposta ao apagão, a ERSE já iniciou uma investigação para apurar as causas e possíveis responsabilidades. A entidade também está trabalhando em um plano de ação para fortalecer a resiliência do sistema elétrico, que será apresentado em breve.
Em suma, o apagão de 28 de abril foi um alerta para a necessidade de reforçar a resiliência do sistema elétrico ibérico. O presidente da ERSE, João Bernardo, defende que medidas concretas devem ser tomadas