No dia 17 de junho é celebrado o Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação, uma data estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas com o objetivo de conscientizar sobre a importância de preservar e recuperar áreas degradadas em todo o mundo. Neste ano, a ONU traz uma notícia positiva e motivadora: a recuperação de 1,5 mil milhões de hectares de terras poderá desbloquear uma economia de restauração de um bilião de dólares.
A seca e a desertificação são problemas ambientais que afetam mais de 100 países, colocando em risco a segurança alimentar, a saúde da população e a economia global. Segundo dados da ONU, cerca de 10% da superfície terrestre é afetada pela seca e mais de 2 bilhões de pessoas dependem diretamente de áreas degradadas para sobreviver. Além disso, a desertificação é responsável pela perda anual de cerca de 24 bilhões de toneladas de solo fértil, o equivalente a 12 milhões de hectares de terra agricultável.
Diante desses números alarmantes, a ONU lança um alerta sobre a importância de investir na recuperação de terras degradadas. Segundo a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), recuperar apenas 12% dessas áreas poderia aumentar a produção de alimentos em até 20%. Além disso, a restauração de terras pode ajudar a mitigar as mudanças climáticas, capturando e armazenando grandes quantidades de carbono da atmosfera.
Mas o impacto positivo não se limita apenas ao meio ambiente. A restauração de terras degradadas também traz benefícios econômicos significativos. De acordo com a ONU Meio Ambiente, a recuperação de um hectare de terra pode gerar um lucro líquido de até US$ 23 mil em um período de 20 anos. Além disso, a restauração de áreas degradadas pode criar empregos e melhorar a qualidade de vida das comunidades locais.
É nesse contexto que surge a proposta de desbloquear uma economia de restauração de um bilião de dólares por meio da recuperação de 1,5 mil milhões de hectares de terras degradadas. Para alcançar essa meta, a ONU lançou o Desafio de Bonn, uma iniciativa global que visa restaurar 350 milhões de hectares de terras até 2030. Até o momento, mais de 50 países já se comprometeram a participar do desafio, com ações concretas de recuperação de áreas degradadas.
No entanto, para alcançar essa meta ambiciosa, é preciso o envolvimento de todos: governos, empresas, comunidades locais e sociedade civil. É fundamental promover práticas agrícolas sustentáveis, investir em tecnologias e inovações que visem a recuperação do solo e incentivar a restauração de áreas degradadas por meio de programas de reflorestamento e agrofloresta.
O Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação nos lembra que todos nós temos um papel importante na preservação e recuperação do meio ambiente. A cada ação individual ou coletiva, podemos contribuir para um mundo mais sustentável e resiliente. Além disso, a recuperação de terras degradadas traz benefícios que vão além do meio ambiente, impactando positivamente na economia e na qualidade de vida das pessoas.
Portanto, é papel de cada um de nós adotar práticas sustentáveis em nosso dia a dia, apoiar iniciativas de restauração de terras e cobrar medidas efetivas dos governos e empresas. Juntos, podemos desbloquear uma economia de restauração de um bilião