A greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies (antiga Groundforce) causou um impacto significativo no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, nesta quarta-feira. Quatro voos foram cancelados e funcionários do aeroporto do Porto se uniram à paralisação, algo que não acontecia há pelo menos 10 anos, de acordo com fontes sindicais.
A SPdH/Menzies é uma empresa de handling, responsável pelos serviços de assistência em terra nos aeroportos portugueses. Os trabalhadores da empresa estão em greve desde o dia 1º de agosto, em protesto contra a falta de acordo nas negociações salariais e a precariedade laboral.
A paralisação afetou diretamente os passageiros que tinham voos marcados para esta quarta-feira, resultando no cancelamento de quatro voos no Aeroporto Humberto Delgado. Além disso, a adesão dos funcionários do aeroporto do Porto à greve demonstra a força e a união dos trabalhadores em busca de melhores condições de trabalho.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), a adesão à greve foi de 100% no Aeroporto Humberto Delgado e de 90% no Aeroporto do Porto. A entidade sindical também informou que a SPdH/Menzies não cumpriu os serviços mínimos estabelecidos pelo Tribunal Arbitral, o que prejudicou ainda mais os passageiros.
Em comunicado, a SPdH/Menzies afirmou que “lamenta profundamente os transtornos causados aos passageiros e companhias aéreas” e que está a envidar todos os esforços para minimizar os impactos da greve. A empresa também reiterou a sua disponibilidade para retomar as negociações com os sindicatos.
A greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies é mais um reflexo da insatisfação dos trabalhadores do setor da aviação em Portugal. Nos últimos meses, diversas categorias profissionais, como pilotos, tripulantes de cabine e controladores de tráfego aéreo, realizaram paralisações em busca de melhores condições de trabalho e salários mais justos.
É importante ressaltar que os trabalhadores da SPdH/Menzies estão lutando não apenas por seus direitos, mas também pela qualidade dos serviços prestados aos passageiros. A precariedade laboral e a falta de valorização profissional podem comprometer a segurança e eficiência dos serviços de assistência em terra nos aeroportos.
A adesão dos funcionários do aeroporto do Porto à greve é um sinal de que a luta dos trabalhadores da SPdH/Menzies é também uma luta de toda a classe trabalhadora. A união e a solidariedade são fundamentais para enfrentar os desafios e conquistar melhorias nas condições de trabalho.
É preciso que as empresas do setor da aviação reconheçam a importância dos trabalhadores e valorizem suas funções, oferecendo salários dignos e condições de trabalho adequadas. Além disso, é necessário que o governo atue de forma efetiva para garantir os direitos dos trabalhadores e a qualidade dos serviços prestados aos passageiros.
A greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies é um exemplo de resistência e luta por direitos. É preciso que a sociedade apoie e compreenda as reivindicações dos trabalhadores, pois a melhoria das condições de trabalho é benéfica para todos, garantindo um serviço de qualidade e respeito aos direitos dos trabalhadores.
Esperamos que as negociações entre a SPdH/Menzies e os sindicatos avancem e que um acordo justo seja alcançado o mais breve possível. Enquanto isso, é importante que os passageiros