Nos últimos meses, a TAP tem sido alvo de muitas discussões e especulações sobre a sua possível privatização. Enquanto o governo português e a administração da companhia aérea defendem a necessidade de uma injeção de capital privado para garantir a sua sustentabilidade, partidos políticos como o Livre, o PCP e o BE têm mostrado preocupação com a possível venda da TAP a grandes companhias aéreas estrangeiras.
No entanto, recentemente, esses mesmos partidos destacaram um ponto importante: as grandes companhias aéreas demonstram interesse em adquirir a TAP não porque se trata de uma companhia que vale pouco, mas sim porque justamente vale muito. Essa afirmação foi feita em um comunicado conjunto, no qual o Livre, o PCP e o BE reforçam a importância estratégica da TAP para Portugal e para a economia do país.
De acordo com esses partidos, a TAP é uma empresa com um enorme potencial de crescimento e rentabilidade, que tem sido alvo de uma gestão desastrosa nos últimos anos. A privatização da companhia aérea, segundo eles, seria uma forma de transferir para o setor privado um ativo valioso, que poderia ser melhor gerido e trazer benefícios para o país.
Além disso, o comunicado destaca que a TAP é uma empresa com uma forte presença no mercado internacional, com rotas para diversos países e uma grande capacidade de transporte de passageiros e carga. Isso torna a companhia aérea um alvo atraente para grandes empresas do setor, que veem na TAP uma oportunidade de expansão e crescimento.
O Livre, o PCP e o BE também ressaltam que a TAP é uma empresa com uma história e uma identidade muito fortes, que representam a cultura e a tradição portuguesas. A venda da companhia aérea a uma empresa estrangeira poderia colocar em risco essa identidade e afetar a soberania do país no setor da aviação.
Por isso, esses partidos defendem que a TAP deve continuar sendo uma empresa pública, mas com uma gestão mais eficiente e transparente. Para isso, eles propõem a criação de um consórcio público-privado, no qual o Estado português mantenha a maioria das ações, mas com a participação de investidores privados que possam trazer recursos e conhecimento para a companhia aérea.
Essa proposta tem sido apoiada por diversos especialistas e entidades ligadas ao setor da aviação. A Associação Comercial do Porto, por exemplo, emitiu um comunicado no qual defende que a TAP deve continuar sendo uma empresa 100% pública, mas com uma gestão profissional e independente do governo.
Além disso, o comunicado conjunto do Livre, PCP e BE também destaca a importância de garantir que a TAP continue sendo uma empresa com uma política de preços acessíveis, que permita a todos os portugueses viajar dentro e fora do país. Isso é fundamental para garantir a coesão territorial e o desenvolvimento econômico e social de Portugal.
Em resumo, o posicionamento do Livre, PCP e BE sobre a possível privatização da TAP é de que a companhia aérea é um ativo valioso e estratégico para o país, que deve continuar sendo uma empresa pública, mas com uma gestão mais eficiente e transparente. A venda da TAP a grandes companhias aéreas estrangeiras não seria uma solução para os problemas da empresa, mas sim uma forma de transferir para o setor privado um ativo que pertence ao povo português.